terça-feira, 26 de abril de 2011

Felicidade

“Não faça sua felicidade depender daquilo que não depende de você” – Desconhecido.

Quando o referido desconhecido pensou e formulou a frase a cima, estava certamente, decepcionado. Ou, a procura de uma resposta para os tantos enigmas que se escondem na mente humana e afloram quando os sentimentos estão aos extremos, principalmente quando são extremos negativos.
A felicidade ao certo, como o tempo, é relativa, não linear, mas, se realmente temos algum poder sobre nossas ações, ela depende de nós mesmos. Não está nos outros, pois, cada um a sente distintamente. Se não está no ambiente, definitivamente está no próprio ser e é através dele que se dissemina.
O ponto culminante, é claro, é quando ela não se dissemina. Creio que o desconhecido pensou sobre isso também. Talvez tenha pensado que há ainda mais tristeza do que felicidade quando não temos atos “felizes”, ou quando, incipientes, não conseguimos determinar pensamentos positivos e os tornar reais.
Resta-nos dessa forma, divagar, ou nos tornar independentes da felicidade – e é possível? Sermos dotados de sentimentos exige que tenhamos tempo para observá-los, entendê-los e neste caso, não se trata de dependência ou independência, mas, sim, de sensibilidade e auto conhecimento.
Talvez aí esteja o sucesso de que vagamente os livros de auto-ajuda tratam...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Indiferente


Ah, se eu fosse você.
Se eu realmente me olhasse no espelho e visse o quanto minhas rugas são sinônimo de vida e não de velhice;
Se eu parasse de reclamar do meu salário e gritasse ao mundo que dinheiro não leva a nada e que aquela bolsa de grife que quero comprar não passa de um objeto comum;
Se eu doasse um pouco mais, seja amor, seja amizade, ou até mesmo, o que mais falta ao meu redor: humildade;
Se eu sonhasse com menos moedas e mais felicidade;
Se eu deixa-se de almejar tanto a imagem e de querer ser superior;

Se eu acordasse dessa falsa realidade que vivo;
Se eu te olhasse todas às vezes bem nos olhos, veria que se eu fosse você seria humano e não indiferente.

(...)

Indefinidas

Memórias de uma apaixonada. Não mesmo.
Conselhos amorosos femininos. Muito menos.
Página para você mulher. Não rola.
Conversa para elas. Não gostei.
Estes supostos títulos falhos não cabem para falar de um assunto tão manjado, que pode ser até designado como qualquer. Palavra um tanto confusa, já que seu sinômino é indefinido e por isso, assemelha-se com o assunto.
Ah, se qualquer lingerie fosse capaz de manter um relacionamento...
Como adoraríamos se qualquer palavra fosse a certa...
Se qualquer amor fosse eterno...
Se qualquer sentimento não machucasse e se qualquer pensamento não fosse traição...
Nós mulheres somos "indefinidas". Frase de impacto, eu diria. Indefinidas por tantas qualidades que temos, por nosso enorme sentimento de humanidade e também porque justificamos amar a vida que não nos dá previsão de um amanhã e condenamos o sexo oposto por não fazer planos.
Os homens são assim, já diria minha mãe. Mas, nós, femininas, ficamos planejando o dia todo um convite para sair. Não sei o quanto somos influenciáveis, mas, em qualquer momento, aderimos à opinião externa. Tenho certeza que muitas revistas já explicaram a maquiagem certa, o bronzeamento mais eficaz e até o laço perfeito para a fita do cabelo. Não explicaram, porém, que nem tudo dá certo e que amor, não é qualquer amor.
Se acertarmos no visual, hora ou outra, vamos deixar a TPM transparecer e atacar todos os pontos masculinos plausíveis de discussão, sob os quais, pensamos ter razão. Não temos a chave do sucesso e qualquer lingerie será a errada se não tivermos o conteúdo em dia.
Relacionamentos precisam ser levados a sério como pensa toda mulher e curtidos ao máximo sem maquiagem, como almejam os homens. Somos seres distintos, além de indefinidos. Deve ser isso que nos atrai. Então, antes de tudo, se queremos unir nossa vida à alguém, precisamos ter em mente essa distinção. Sejamos mulheres e não a opinião de uma consultora de moda quando o assunto for amor.
Não podemos buscar no outro algo que nos complete, sem estarmos completas por conta própria. Tentar curar nossas fraquezas com alguém forte ao lado é pura ilusão...

Só pra justificar

De hoje não passa. Foi isso que pensei. Independente de os post’s terem “supostamente sumido de mim”, consegui encontrá-los.
Resolvi também tratar deles como autônomos e devolver toda e necessária liberdade.
Às vezes dar umas palmadinhas, ás vezes rir junto.
É disso que são feitas todas as palavras que seus olhos percorrem agora.
Pensei até em domesticá-las e notei que não tem como, e além disso, não teria a mesma graça.
=)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um engano

É sempre uma tentação. Dá para sentir os rastros que perseguem durante o dia e que encontram o alvo quando chega a noite... Parece seduzir num ritmo quente, como se corresse pelas veias para depois pulsar junto com o coração...
Na verdade, tem o poder de enlouquecer, porque por instantes, nos pertence. Tudo sob um olhar e um comando. Mas, é muito fugáz. Logo se vai. Talvez esse seja o segredo para ser tão contagiante, ao mesmo tempo em que faz sorrir, castiga. Eu diria que sabe enganar perfeitamente. Culpa nossa: dizemos não, quando dentro de nós, há um grito de sim.
Um engano. Engano próprio e necessário que consegue deixar a vida rolar entre meio desejos e aflições. Somos assim, incorretos e confusos. Loucos por natureza, disfarçados de civis, que não admitem a realidade que os cerca. Não admitir mas sentir, é assim que funciona. Uma falsa realidade que quando se faz verdadeira, torna-se momentânea.
Queria entender o sentido de verdadeira e de momentânea. Se for tudo verdade, precisa durar uma eternidade, ou não? E se for de momento, precisa necessariamente ser passageiro? É interessante sentir-se indeciso e totalmente contagiado. Quem sabe esse possa ser o ponto sublime de ser um louco disfarçado.
A dúvida seria enfim a verdade permanente, e os momentos a multiplicariam. O ritmo acelerado daria o poder dos instantes sublimes.
E eu, ao acordar iria fugir o dia todo para que de noite pudesse te encontrar...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Uma cena de filme


Podemos ter inúmeros motivos para não gostar, mas se tivermos um único para gostar, será o suficiente. Será marcante, em alguns momentos instigantes e com certeza deixará saudades.
Um tanto poético eu diria. Poético mas real. Não relativo, nem absoluto, mas lindo. Tem paz, é colossal e simples, mas é difícil de ser visto como tal. Deve ser porque a vida, ás vezes, atravessa caminhos tão escuros, que não permitem a entrada de nenhum feixe de luz. Aí, nos cegamos também, não vemos nada nem ninguém ao nosso redor. Até as coisas mais lindas nos causam repulsa e se tornam tão feias quanto o aspecto que nos encontramos.
O limite da escuridão parece ser o próximo passo, quando o abismo torna-se a escolha certeira. Aí, quando cremos estar no “limite do fim”, algo espalha centelhas de luz por toda parte e um novo caminho se abre.
Então, podemos ver tudo sob um novo olhar. O amarelo que cobre os morros parece brilhar e enfim, estamos em casa novamente, podendo sentir o único motivo que nos fez amar tanto esse lugar: nossa própria identidade.
Uma cena de filme, um pensamento louco que tive. Não sei, mas cena vai se ligando a outra cena. Um drama ou talvez uma comédia romântica. Talvez o amarelo que fica atrás dos morros traga essa resposta. Só sei que amo esse lugar porque é sempre tão colossal e simples. Quando está verde parece um tapete que eu gostaria de ter em minha sala, depois quando se torna esse lindo tom, parece que minhas lembranças ganham vida e encontro mais um motivo para gostar: a saudade.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Relativo

É relativo e pronto. Que nada tem de absoluto. Que depende de outra coisa. Que depende da circunstância e que é aplicado o tempo inteiro. Quantas vezes a palavra relativo, cai com uma luva em nossas explicações. Embasamos conceitos dizendo que o belo e o feio são totalmente relativos e que o conhecimento do homem também é, já que se compararmos à filosofia divina, não há como comprovar, então, é relativo.
Vindo da Língua Portuguesa que nos rege, um pronome relativo, é aquele que, introduzindo uma oração subordinada, se refere a um termo da oração anterior. Que coisa. Relatividade depende sempre daquilo que comparamos. É bem possível que este texto seja comparado e que até aqui não esteja sendo compreendido. Mas, calma. Isso também é relativo, pois o que me leva a pensar e escrever sobre o dito cujo é o problema que este me parece estar se tornando.
Seria um tanto presunçoso, mas, não funciona como prova perfeita, porque ao justificarmos, nosso ponto de vista, às vezes, por medo não dizemos que realmente consideramos que é feio. Dizemos que o conceito de feio é relativo e depende da interpretação individual. Mas, então, existe um conceito formado? Por que, na mídia, ele existe e está bem longe de ser relativo. É um padrão, que vem inserido, encaixotado, deitado, de lado, visual, tátil. Está por todo lado, e para alguns, chega a ser frustrante. E, diga-se de passagem, não se restringe somente ao termo “feio”, abrange todos os termos desde personalidade até vida em sociedade.
Então, por que nós, meros seres exteriores ao interior midiático, não nos desligamos do conceito pré-pronto, excluímos o “relativo” de nosso vocabulário e assumimos uma posição? Dizer que algo é relativo é como ficar em cima do muro. Precisamos dizer o que pensamos e não relativizar por medo.
Um esboço confuso? Talvez confundi um pouco mais. Creio que esqueci de ser relativa...