O silêncio é realmente cativante. Tão cativante que consegue se manter presente o tempo inteiro. Digo isso porque ter um monólogo consigo mesmo é algo raro. Muitos optamos por pensar em outra coisa em vez de iniciar uma conversa com nosso íntimo.
Imaginamos sempre que será um monólogo. Talvez por isso, não conversamos. O ato de questionar reflexivamente nosso cotidiano nem sempre recebe respostas. Esse é o detalhe. Tornar nosso monólogo pessoal um diálogo. Acontece que, para ensaiarmos um diálogo, precisamos de argumentos diferentes, ou melhor, pontos de vista diferentes e confrontantes. Em muitos casos, vivemos sob um único e temos dificuldade em administrar a presença de outro.
Conhecer-se exige um diálogo sincero. Quase todos os dias. É tão fácil sentir-se confuso. E tão difícil organizar todos os pensamentos que nos atropelam a cada minuto.
Acredito que muitos monólogos antecedem diálogos verdadeiros. Por isso, não vemos que muitas coisas que buscamos nos outros, como segurança e força, por exemplo. Ambas estão dentro de nós, mas, aguardando em silêncio por aquele diálogo.
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Hoje li um texto que citava Luis Fernando Verissimo, dizia que devíamos nos conhecer, porém não ficarmos íntimos demais. Somos uma "metamorfose amabulante".. ou preferirmos ser, já cantava Raul Seixas. Temos que saber o que queremos, o que objetivamos, mas não se stresse em saber realmente quem é... Conheça a si mesma, mas nçao fique tentando desvendar mistérios, corrigir erros irreparáveis!
ResponderExcluirBjooos
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ResponderExcluirEm alguns trechos do monólogo, pude sentir minhas inquietudes nas suas. Quando se escreve com o coração e a razão, os versos se encaixam e traduzem os reais sentimentos.
ResponderExcluirBeijinho