terça-feira, 13 de outubro de 2009

Indiferente


Ah, se eu fosse você.
Se eu realmente me olhasse no espelho e visse o quanto minhas rugas são sinônimo de vida e não de velhice;
Se eu parasse de reclamar do meu salário e gritasse ao mundo que dinheiro não leva a nada e que aquela bolsa de grife que quero comprar não passa de um objeto comum;
Se eu doasse um pouco mais, seja amor, seja amizade, ou até mesmo, o que mais falta ao meu redor: humildade;
Se eu sonhasse com menos moedas e mais felicidade;
Se eu deixa-se de almejar tanto a imagem e de querer ser superior;

Se eu acordasse dessa falsa realidade que vivo;
Se eu te olhasse todas às vezes bem nos olhos, veria que se eu fosse você seria humano e não indiferente.

(...)

Indefinidas

Memórias de uma apaixonada. Não mesmo.
Conselhos amorosos femininos. Muito menos.
Página para você mulher. Não rola.
Conversa para elas. Não gostei.
Estes supostos títulos falhos não cabem para falar de um assunto tão manjado, que pode ser até designado como qualquer. Palavra um tanto confusa, já que seu sinômino é indefinido e por isso, assemelha-se com o assunto.
Ah, se qualquer lingerie fosse capaz de manter um relacionamento...
Como adoraríamos se qualquer palavra fosse a certa...
Se qualquer amor fosse eterno...
Se qualquer sentimento não machucasse e se qualquer pensamento não fosse traição...
Nós mulheres somos "indefinidas". Frase de impacto, eu diria. Indefinidas por tantas qualidades que temos, por nosso enorme sentimento de humanidade e também porque justificamos amar a vida que não nos dá previsão de um amanhã e condenamos o sexo oposto por não fazer planos.
Os homens são assim, já diria minha mãe. Mas, nós, femininas, ficamos planejando o dia todo um convite para sair. Não sei o quanto somos influenciáveis, mas, em qualquer momento, aderimos à opinião externa. Tenho certeza que muitas revistas já explicaram a maquiagem certa, o bronzeamento mais eficaz e até o laço perfeito para a fita do cabelo. Não explicaram, porém, que nem tudo dá certo e que amor, não é qualquer amor.
Se acertarmos no visual, hora ou outra, vamos deixar a TPM transparecer e atacar todos os pontos masculinos plausíveis de discussão, sob os quais, pensamos ter razão. Não temos a chave do sucesso e qualquer lingerie será a errada se não tivermos o conteúdo em dia.
Relacionamentos precisam ser levados a sério como pensa toda mulher e curtidos ao máximo sem maquiagem, como almejam os homens. Somos seres distintos, além de indefinidos. Deve ser isso que nos atrai. Então, antes de tudo, se queremos unir nossa vida à alguém, precisamos ter em mente essa distinção. Sejamos mulheres e não a opinião de uma consultora de moda quando o assunto for amor.
Não podemos buscar no outro algo que nos complete, sem estarmos completas por conta própria. Tentar curar nossas fraquezas com alguém forte ao lado é pura ilusão...

Só pra justificar

De hoje não passa. Foi isso que pensei. Independente de os post’s terem “supostamente sumido de mim”, consegui encontrá-los.
Resolvi também tratar deles como autônomos e devolver toda e necessária liberdade.
Às vezes dar umas palmadinhas, ás vezes rir junto.
É disso que são feitas todas as palavras que seus olhos percorrem agora.
Pensei até em domesticá-las e notei que não tem como, e além disso, não teria a mesma graça.
=)